21/06/2013
A BUAV – ONG inglesa que promove o fim da experimentação animal – divulgou hoje resultados de pesquisas envolvendo testes em animais, cruéis e totalmente desnecessários, realizados por algumas das principais gigantes de alimentos do mundo – Yakult, Danone, Nestlé e Unilever.
Os experimentos foram realizados na tentativa de identificar os supostos benefícios para a saúde de certos alimentos. A pesquisa é recente, tendo sido publicada nos últimos dois anos.
Os animais submetidos às experiências incluem camundongos, ratos, coelhos e leitões. Os testes envolvem induzir artificialmente os sinais de uma doença ou enfermidade nos animais, modificando-os geneticamente para possuir genes humanos, ou injeção de produtos químicos ou bactérias infecciosas.
Não só os animais sofrem os efeitos dolorosos de doenças como a colite e lesões de estômago, mas tais “modelos” animais são representações pobres de condições humanas complexas e de longa duração.
Exemplos de experimentos realizados:
- Para investigar produtos contendo Hoodia gordonii, um arbusto espinhoso Africano (que já é utilizado como um suplemento de controle de peso para o tratamento da obesidade), animais foram submetidos a um teste de toxicidade reprodutiva. Coelhas e ratas foram alimentadas à força com extratos da planta durante a gravidez, por 25 dias. Um dia antes de os animais darem à luz, eles e seus fetos foram mortos e examinados.
- A fim de determinar se bebidas probióticas podem proteger os humanos de uma lesão no estômago, ratos passaram fome por 20 horas e, em seguida foram alimentados à força de uma dose única de bactérias probióticas. Duas horas mais tarde, os seus estômagos foram lesionados quando foram alimentados à força com uma solução contendo ácido clorídrico. Os animais foram deixados sofrendo durante uma hora antes de serem mortos, de modo a que os seus estômagos pudessem ser dissecados e examinados.
- Para explorar as propriedades anti-oxidantes e anti-inflamatórias das goji berries, camundongos foram alimentados com uma preparação nova chamada Lacto-Sinforina, (um pó dispersível em água contendo 50% de goji berries e 25% de leite desnatado ). Depois de sete dias de alimentação, os ratos receberam uma injeção de um produto químico irritante diretamente em seus reto para causar a doença de cólon. Devido à dor abdominal resultante, os ratos pararam de comer e tinha que ser alimentados à força da Lacto-Sinforina para os próximos cinco dias. Os animais foram então mortos e os seus cólons dissecados.
- Numa tentativa de demonstrar que o consumo de uma nova bebida multi-nutrientes pode reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, ratos de 3 meses de idade, que tinham sido geneticamente modificados para desenvolvimento de determinadas características da doença de Alzheimer, foram alimentados com a bebida durante três meses. Alguns dos ratos morreram por razões desconhecidas durante o experimento. No final do estudo, os animais foram sacrificados e os seus cérebros dissecados e analisados quanto a sinais de melhoria.
Este tipo de pesquisa é cruel e desnecessário, já que muitos dos benefícios de saúde de alimentos e probióticos já são conhecidos a partir de dados humanos existentes.
A Chefe de Ciência da BUAV, Dr Katy Taylor, declarou:
“O público vai ficar chocado ao saber que essas marcas bem conhecidas estão envolvidas nestes experimentos repugnantes. É inaceitável que os animais sejam criados para sofrer por empresas, num esforço para fazer reivindicações de “benefícios para a saúde” sobre seus produtos. Convocamos todos as gigantes de alimentos a parar imediatamente a experimentação animal de produtos alimentares e ingredientes, mudando para alternativas humanitárias ou usando dados existentes. “
Com informações: BUAV – Daily Mail
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