As famílias devem parar de comer carne numa base diária, alertaram esta semana os deputados no parlamento britânico. A carne deve tornar-se numa iguaria ocasional, já que o aumento global do consumo de carne e queijo se tornará insustentável.
Devido à significativa escassez de alimentos no Reino Unido, os consumidores devem ser encorajados, ao longo do tempo, a reduzir a frequência com que comem carne. Os vegetarianos e activistas verdes apoiam a medida e defendem ainda que a criação de gado é uma das principais fontes de emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera.
Os sindicatos agrícolas, por outro lado, já se manifestaram contra as indicações. “A pecuária é uma parte essencial do tecido do interior britânico”, disse Charles Sercombe, da NFU. Phil Stocker, da National Sheep Association, defendeu: “A grande maioria das terras usadas para a criação de ovinos não é adequada para qualquer outra forma de agricultura”.
Os parlamentares exigem também que os ministros enfrentem o desperdício de alimentos. Um estudo realizado pela Institution of Mechanical Engineers descobriu que até metade da comida comprada em supermercados do Reino Unidos acaba no lixo – sendo, muitas vezes, ainda comestível.
A respeito dos alimentos geneticamente modificados, os deputados reconhecem a técnica como sendo “controversa”, mas acrescentaram: “Os organismos geneticamente modificados têm o potencial de trazer uma contribuição valiosa à segurança alimentar”.
O comité levantou ainda preocupações acerca dos impactos dos biocombustíveis – derivados de plantas como a cana-de-açúcar e o milho – no ambiente e no preço dos alimentos. Enormes extensões de terrenos agrícolas são reservadas ao cultivo de combustível, empurrando para bem alto o preço dos bens de primeira necessidade – por lei, no mínimo 5% do gasóleo e da gasolina vendidos nos postos britânicos devem ser biocombustíveis.
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