Cientistas indicam que os animais são tão inteligentes quanto os humanos
Publicado em 21 de Dezembro de 2013.
Há muito que a espécie humana acredita ser a mais inteligente de todas as espécies animais. Porém, um crescente conjunto de evidências científicas sugere que, enquanto espécie, estamos apenas a ser arrogantes.
Um crescente número de biólogos, que se dedicam ao estudo da evolução das espécies, argumenta que em vários casos os animais têm cérebros superiores aos do ser humano e que muitas das suas habilidades não são bem interpretadas pelos humanos.
Por exemplo, a capacidade do gibão em produzir sons variados, com diferentes significados, ou o sofisticado método do coala para marcar o seu território ou as habilidades dos animais domésticos para persuadir os humanos são referidos como provas desta inteligência.
“Durante séculos, todas as autoridades, desde as religiosas às académicas, repetiram a mesma ideia de que os humanos são excepcionais, em virtude de serem os animais mais inteligentes”, afirma Arthur Saniotis, investigador visitante da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Adelaide. “No entanto, a ciência diz-nos que os animais podem ter faculdades cognitivas que são superiores às dos seres humanos”, acrescenta.
A crença de que os humanos possuem inteligência superior remonta à Revolução Agrícola, há cerca de dez mil anos, quando as pessoas começaram a produzir alimentos e a domesticar os animais. De acordo com os investigadores, esta crença ganhou nova força com o desenvolvimento das organizações religiosas, que viam os seres humanos no topo das espécies segundo a criação divina.
“A crença da superioridade cognitiva humana intrincou-se nas ciências e filosofia humana. Mesmo Aristóteles – provavelmente o mais influente de todos os pensadores – argumentou que os seres humanos eram superiores aos outros animais, devido à sua capacidade exclusiva para raciocinar”, explica Saniotis.
Maciej Henneberg, professor de anatomia antropológica e comparativa, também da Universidade de Adelaide, acredita que, frequentemente, os animais possuem diferentes faculdades que não mal interpretadas pelos humanos. “O facto de que eles podem não nos entender, e de nós não os entendermos, não significa que as nossas ‘inteligências’ estejam em níveis diferentes, são apenas de tipos diferentes”, diz.
Segundo os biólogos, os animais possuem diferentes tipos de inteligência, como a social e a cinestética, que têm sido subestimadas devido à fixação dos seres humanos sobre a linguagem e tecnologia. Os gibões podem produzir até 20 sonoridades com significados diferentes. “O facto de não construírem casas é irrelevante para os gibões”, afirma Henneberg. “Muitos quadrúpedes deixam complexas marcas olfactivas no ambiente e alguns, como os coalas, têm glândulas peitorais para marcarem o território. Os humanos, com o seu limitado poder olfactivo, não conseguem avaliar a complexidade das mensagens contidas nas marcas olfactivas, que podem ser tão ricas em informações como o mundo visual”, indica.
Uma experiência realizada na Universidade de Cambridge provou que os membros da família dos corvos, conhecidos como corvídeos, não estão apenas entre as aves mais inteligentes, como são mais inteligentes que a maioria dos mamíferos e podem realizar tarefas que crianças de três e quatro anos têm dificuldade em executar.
Um outro estudo provou que as gralhas conseguem utilizar pedras para aumentar o nível das águas de um recipiente para conseguirem capturar vermes e insectos. Os corvos que habitam nas áreas urbanas aprenderam a utilizar o tráfego rodoviário para partir nozes. Estas aves aguardam nos cruzamentos, vigiando os semáforos, de forma a quando o trânsito pára recolherem as suas nozes, que anteriormente deixaram cair e foram esmagadas pelos carros.
Henneberg também acredita que os animais domésticos constituem um exemplo próximo das habilidades mentais dos mamíferos e das aves. “Eles conseguem comunicar-nos as suas exigências e levar-nos a fazer coisas que querem. O mundo animal é muito mais complexo que achamos”, considera.
Foto: Thomas Tolkien / Creative Commons
http://greensavers.sapo.pt/2013/12/21/cientistas-indicam-que-os-animais-sao-tao-inteligentes-quanto-os-humanos/
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
O COIOTE WILEY: UMA HISTÓRIA DE AMOR E TRANSFORMAÇÃO
Rick Hanestad tinha sido caçador durante toda a vida, quando encontrou um filhote de coiote, recém-nascido, cuja mãe havia sido morta, e levou para casa para tentar salvá-lo. O coiote bebé era o único sobrevivente duma ninhada de cinco.
Apesar de ter receado que o coiote crescesse e se tornasse perigoso, Rick diz que o animal é um doce e que jamais mostrou qualquer tipo de comportamento agressivo para com o seu cão, seus cavalos ou seus filhos. "Eu confio absolutamente nele com minha filha de oito anos. Ele é o melhor amigo do nosso cão"
Hanestad descreve-se a si mesmo como um descendente duma linhagem de caçadores. Seu tio lhe ensinou sobre a caça e captura aos cinco anos de idade. Durante a adolescência, terá capturado em média, cerca de 130 guaxinins, 40-50 raposas vermelhas e 15-20 coiotes, por temporada. "Eu sempre ouvi dizer: Coite bom é coiote morto. Eu matei centenas deles e nunca pensei sobre isso. Era como me livrar de ervas daninhas"
E agora? "Fico doente do estômago quando penso que fiz isso"
Rick pensa agora que todos os coiotes são como Wiley, nunca fizeram nada para prejudicar ninguém. O facto de eles serem tão odiados é pura ignorância.
Leia a matéria original aqui:
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