terça-feira, 20 de agosto de 2013

GALINHAS: MAIS INTELIGENTES QUE UMA CRIANÇA DE QUATRO ANOS


 The author, with Catalina, a very bright bird.
Jo-Anne MCArthur


Friedrich: Galinhas vêm quando chamamo-las pelo nome, fazem contas e muito mais. Devemos realmente comê-las? 

Na Farm Sanctuary, temos vindo a prestar cuidados ao longo da vida para frangos há mais de 25 anos, e temos vindo a entendê-los como indivíduos com interesses, desejos e personalidades - assim como os cães e gatos que a maioria dos americanos conhece um pouco melhor.

Alguns são tímidos, outros gregárioS. Como os cães, eles sabem seus nomes e eles vêm quando são chamados.

Nós temos vindo a partilhar as nossas histórias de frangos durante décadas, mas agora, pesquisadores da Universidade de Bristol provaram cientificamente o que nós sabemos por experiência própria - que as galinhas podem muito bem ser os animais mais inteligentes do curral. Em alguns testes científicos, elas superam crianças humanas.

Isso mesmo: em vários testes de sofisticação cognitiva e comportamental, as galinhas não superam apenas cães e gatos, mas crianças humanas de quatro anos de idade.

Explica a Dra. Christine Nicol da Universidade de Bristol, autora do artigo de revisão intitulado The Hen inteligente (A galinha inteligente), estudos ao longo dos últimos 20 anos ... revelaram a suas capacidades sensoriais finamente afiada, sua capacidades de pensar, fazer inferências, aplicar a lógica e planejar com antecedência. "

O documento inclui dezenas de exemplos da complexidade cognitiva, comportamental e emocional em galinhas-exemplos de animais que exibem capacidades que não podem ser explicados por simples instinto.

Como apenas alguns exemplos:

Galinhas exibem "flexibilidade comportamental." Por exemplo, às galinhas foram dadas alimentos saborosos e intragáveis em tigelas de cores diferentes. Em seguida, os pesquisadores ofereceram comida para os filhotes de galinha, mas as cores para os bons e maus alimentos foram trocados. As galinhas advertiram seus filhotes a não comerem o que elas pensavam ser a comida ruim.

Nicol, explica: "Para avaliar a escolha de alimentos dos pintos, relacioná-la com o que ela sabe, e incentivar os filhotes para mudar a sua preferência alimentar exige grande capacidade cognitiva, como a galinha deve sintetizar todas essas informações e responder em um cenário que ela não tenha encontrado antes. "

Galinhas também tem a capacidade de adiar a gratificação, o que mostra uma capacidade de "perceber e processar tempo e aplicar este à sua situação atual , bem como para demonstrar  "auto-controlo".

Em um experimento, os frangos foram ensinados que, se eles recusarem a recompensa alimentar no presente, eles vão receber mais comida mais tarde. Noventa e três por cento dos pássaros optaram por esperar algo que os humanos também fariam.

Nicol oferece dezenas de exemplos que mostram que as galinhas têm capacidades complexas no que diz respeito à empatia, navegação, comunicação, interação social, inferência transitiva (descobrir que, se A é maior que B e B é maior que C, então A é maior que C) , entendendo "permanência do objeto", e até mesmo aprendendo aritmética básica.

Será que o nosso conhecimento crescente sobre as diversas personalidades e sofisticação cognitiva das galinhas irá mudar a forma como lidamos com elas?

Atualmente, centenas de milhões de aves nos Estados Unidos estão amontoadas em pequenas jaulas onde elas não podem sequer virar-se confortavelmente ou espalhar suas asas, durante a vida inteira. Assim como cães ou gatos em condições similares, sofrem aflição psicológica extrema, e seus músculos e ossos atrofiam.

Há alguma esperança: A legislação aprovada na Califórnia e Michigan, em breve banirá esses sistemas e legislação semelhante está pendente em Massachusetts e Nova York.

Mas, ainda mais importante, poderão americanos fazerem diferentes opções de refeições, uma vez que eles percebam que as galinhas são mais espertas e possuem comportamentos mais complexos do que o cão ou gato da família?

Quando Cameron Diaz soube que os porcos são mais inteligentes do que crianças humanas de três anos de idade, explicou a Jay Leno que ela teve que parar de comê-los, porque seria "como comer minha sobrinha."

Será que o fato de comer galinhas envolver comer indivíduos não menos únicos e merecedores de nossa compaixão do que o seu cão da família ou gato te incomoda? Se assim for, você pode querer dar uma chance ao vegetarianismo.

Friedrich trabalha para o Farm Sanctuary, uma organização nacional de protecção dos animais.


BY BRUCE FRIEDRICH / NEW YORK DAILY NEWS


Read more: http://www.nydailynews.com/opinion/chickens-smarter-four-year-old-article-1.1428277#ixzz2cFuyHspk



COMO SÃO CRIADOS OS PORCOS

Pensemos na vida de uma porca prenha. A sua incrível fertilidade é a fonte do inferno específico em que vive. Enquanto uma vaca tem apenas um vitelo de cada vez, a moderna porca parideira industrial tem, amamenta e cria uma média de 9 bácoros.




 A porca será invariavelmente mantida prenhe o mais possível, quase toda vida. Depois de os leitões terem sido desmamados, uma injeção de hormonas fará com que a porca fique rapidamente pronta para ser inseminada artificialmente em apenas 3 semanas. Quatro em cada cinco vezes,a porca vai passar as dezasseis semanas de gravidez limitada a uma "gaiola de gestação", tão pequena que o animal nem é capaz de se virar. 





Clarified – What are gestation crates?


A densidade óssea vai reduzir-se devido à falta de movimento. Não vai ter cama e muitas vezes, por raspar nas grades, desenvolve chagas escuras cheias de pus do tamanho de moedas.




Mais grave e abrangente é o sofrimento provocado pelo enfado e pelo isolamento, e pela frustração do poderoso instinto da porca para se preparar para os bácoros que vem a caminho. Em estado natural, a porca passaria grande parte do tempo antes do parto a forragear e finalmente iria construir ninho com erva, folhas ou palha. Para evitar um ganho excessivo de peso e para reduzir ainda mais os custos com a alimentação, a parideira enjaulada verá o alimento ser-lhe limitado e muitas vezes passa fome. Os porcos apresentam a tendencia inata para usar zonas separadas para dormir e para defecar, algo completamente impossível quando confinados. Tal como a maioria dos porcos nos sistemas industriais, as porcas prenhes tem de deitar-se ou andar sobre os seus excrementos, para as forçar a atravessar o piso gradeado.




Quer sejam mantidas em gaiolas de gestação ou em pequenos currais durante a gravidez, quando dão à luz serão sempre confinadas a uma gaiola tão restritiva como a gaiola de gestação. Um trabalhador disse ser necessário "dar cargas de porrada (às vezes com barras de ferro), para as enfiar nas gaiolas, porque elas não querem entrar.




Um estudo do Comité Científico Veterinário da Comissão Europeia documentou que os porcos em gaiola revelam ossos enfraqucidos, riscos acrescidos de lesões nas pernas, problemas cardiovasculares, infecções urinárias e uma redução tão severa na massa muscular que a capacidade para o porco se seitar fica afetada.




 Outros estudos indicam que a genética deficiente, a falta de movimento e a má nutrição deixam 10 a 40% dos porcos com fragilidades estruturais, devido a problemas com fraqueza de joelhos, pernas arqueadas e metatarso varo. 


Muitos porcos enlouquecem por causa da reclusão e roem obsessivamente as grades da gaiola, pressionam continuamente os bebedouros, ou bebem urina. Outros exibem comportamentos de pesar que os cientistas descrevem como "impotência aprendida".




Temos finalmente os leitões, a justificação para o sofrimento das mães. Muitos bácoros nascem com deformações. Entre as doenças congênitas mais comuns incluem-se palato fendido, hermafroditismo,, mamilos invertidos, ausência de ânus, pernas deformadas e hérnias. Durante as primeiras quarenta e oito horas, as caldas e os colmilhos, os dentes caninos muitas vezes usados para morder os outros leitões, são extirpados sem qualquer anestésico, numa tentativa de minimizar os ferimentos infligidos pelos porcos uns aos outros quando competem pelas tetas da mãe.





Também durante esses dois primeiros dias, os bácoros criados na pecuária industrial são muitas vezes injetados com ferro, devido à probabilidade de o crescimento rápido e a reprodução intensiva da mãe ter deixado o leite fraco. No espaço de dez dias os testículos dos machos são arrancados, mais uma vez sem anestésicos. Desta vez o objectivo é alterar o sabor da carne.

Por sua conta, os leitões costumam deixar a teta da mãe por volta das quinze semanas, mas na pecuária industrial, serão desmamados normalmente aos quinze dias. Com este tempo os bácoros não conseguem digerir devidamente os alimentos sólidos, pelo que lhes são dado mais medicamentos para evitar a diarreia.
Os bácoros são depois obrigados a entrar em gaiolas de arame -"creches". Essas gaiolas são empilhadas umas em cima das outras, caindo fezes e urina das gaiolas mais elevadas para cima dos animais que se encontram as mais baixas. Ficam nessas gaiolas o maior tempo possível até serem levados para currais apinhados. Os currais são deliberadamente mantidos cheios porque, não tendo grande espaço para se mexer, queimam menos calorias e engordam com menos alimento.
Apesar das condições a que estão sujeitos, uma barragem de antibióticos, hormonas, e outros produtos farmacêuticos na ração dos animais mantém-nos quase vivos até a altura do abate. As condições úmidas de reclusão, as quantidades atrozes de animais com sistemas imunitários enfraquecidos pelos stress e gases tóxicos dos excrementos e da urina que se vão acumulando tornam estes problemas quase ubíquos  Entre 30 a 70% dos porcos terão algum tipo de infecção respiratória no momento do abate.

Fonte: "Comer Animais" - J.S.:F:

domingo, 11 de agosto de 2013

CUSTOS AMBIENTAIS

Quando se fala de custos ambientais na agropecuária, em grande medida refere-se às quantidades maciças de dejetos. Tanta merda, tão mal gerida, que chega aos rios, lagos e oceanos - matando a vida selvagem e poluindo o ar, a água e a terra de um modo devastador para a saúde humana.
Hoje em dia, uma unidade de produção de suinos produz 3,2 milhões de quilos anuais de estrume, uma unidade típica de produção de frangos de carne produz 3 milhões de quilos e uma unidade de engorda pecuária normal produz mais de 150 milhões de quilos.
O (GAO) General Accounting Office diz que só uma unidade de criação "pode gerar mais desperdícios do que as populações de certas cidades americanas". O poder poluidor do estrume é 160 vezes maior do que os esgotos municipais. No entanto, não há quase infra-estrutura de tratamento de desperdícios para animais de criação - não há casa de banho, obiamente, mas também não há esgotos, não há ninguém que leve os desperdícios para serem tratados e quase não regulamentação federal para o que lhes acontece. O que acontece a esses excrementos?

Só a Smithfield (americana) abate cerca de 31 milhões de animais. Cada porco produz duas a quatro vezes mais excrementos que uma pessoa. Para entender o efeito da libertação desta quantidade de merda para o ambiente é preciso saber qualquer coisa sobre o conteúdo: "amónio, metano, sulfureto de hidrogénio, monóxido de carbono, cianeto, fósforo, nitratos e metais pesados. Além disso os excrementos dos porcos criados na pecuária industrial albergam mais de 100 elementos patogénicos microbianos que podem causar doenças nos seres humanos, entre eles salmonela, criptosporidium, estreptococos e girardia". Outros desperdícios ainda incluem: bácoros nado-mortos, secundinas, bácoros mortos, vómito, sangue, urina, seringas de antibióticos, frascos partidos de insecticidas, pelos, pus e mesmo partes de corpos.
Os escoamentos chegam aos cursos de água e gases venenosos como a amónia e o sulforeto de hidrogénio evapora-se para o ar. Se tudo correr como o planeado, os detritos liquefeitos são bombardeados para "lagoas" imensas, adjacentes às instalações dos porcos. Estas lagoas tóxicas podem cobrir mais de onze mil metros quadrados e chegar a uma profundidade de 9 metros. Mais de uma centena destas latrinas imensas podem circundar um único matadouro. Estudos mostram que essas lagoas de excrementos emitem químicos atmosféricos tóxicos que podem causar problemas inflamatórios, imunitários, irritativos e neuroquímicos nos seres humanos.
Enquanto isso as figuras de poder que mais interessam - nós os consumidores - continuamos passivos. Até agora não exigimos qualquer moratória nacional e muito menos uma dissolução progressiva. Tornamos a Smithfield e outros tão bastados que podem investir centenas de milhões de dólares para expandirem as suas operações para o estrangeiro. Até dada altura com instalações apenas nos estados Unidos, a Smithfield espalhou as suas operações por vários países, incluindo Portugal.

Fonte: "Comer Animais" - J.S.F.

COMO SÃO CRIADOS OS FRANGOS?

Pegue numa folha A4, imagine uma ave adulta em cima da folha. Imagine 33 mil desses retângulos numa grelha. Cerque a grelha com paredes sem janelas e coloque um telhado por cima. Ligue sistemas de alimentação (com drogas), água, aquecimento e ventilação automáticos. São as instalações de criações de aves.


Os músculos e os tecidos gordos dos recém-criados frangos de carne crescem significativamente mais depressa que os ossos, o que leva a deformações e a enfermidades. Entre 1 e 4% dos frangos vão morrer a contorcer se com convulsões devido à síndrome de morte súbita, um problema virtualmente desconhecido fora da pecuária industrial.
Os frangos de carne são deixados com as luzes acesas vinte e quatro horas por dia durante a primeira semana de vida dos pintos. Depois apagam um pouco as luzes, dando-lhes umas quatro horas de escuridão por dia - o tempo de sono suficiente para que os animais sobrevivam. É claro que os frangos vão enlouquecer, caso sejam obrigados a viver em condições tão pouco naturais durante muito tempo - a iluminação e a compactação, o fardo que são os corpos grotescos. Escusado será dizer que amontoar aves deformadas, drogadas e excessivamente stressadas num espaço imundo e forrado de excrementos não é muito saudável. Além de deformações, as lesões oculares, a cegueira, as infecções bacterianas nos ossos, as vértebras deslocadas, a paralisia, as hemorragias internas, a anemia, as tendinites, as pernas e os pescoços torcidos, as doenças respiratórias e os sistemas imunitários enfraquecidos são problemas frequentes e duradouros na pecuária industrial.
Estudos cientificos sugerem que praticamente todos (+ de 95%) os frangos desenvolvem infecções E.Coli e entre 39 a 75% dos frangos à venda nas lojas continuam infectados. Cerca de 8% das aves desenvolvem infecções com salmonela. Cerca de 70% a 90% estão infectados com outro elemento patológico potencialmente mortífero, o Campy lo bacter. Usam-se comumente banhos de cloro para remover a sujidade, o odor e as bactérias.
É claro que os consumidores poderiam repara que os seus frangos não sabem muito bem (recheados de drogas, infestados de doenças e contaminados com excrementos) - mas as aves serão injetadas (ou de alguma maneira enchidas) com "caldos" e soluções salinas que lhes dão o aspeto, o cheiro e o sabor que esperamos encontrar no frango.

Concluída a fase de criação, chegou a altura do "processamento".

Primeiro será preciso encontrar continuamente trabalhadores, já que a taxa de rotatividade costuma ultrapassar os 100%. Normalmente dá-se primazia aos estrangeiros ilegais ou imigrantes pobres. São pagos com um salário mínimo, para agarrarem nas aves - segurando 5 de cada vez pelas patas - e colocá-los nos caixotes de transporte. O ritmo esperado é de 150 frangos encaixotados em 3,5 minutos por cada operário. As aves serão tratadas com brusquidão e segundo relato dos trabalhadores, é normal sentirem os ossos das aves partirem-se nas suas mãos.

Os caixotes são carregados em camiões. As variações de temperatura são ignoradas e as aves não recebem comida nem água, mesmo que a fábrica fique à quilómetros de distância. Ao chegar às instalações, outros trabalhadores irão prender as aves que serão penduradas de cabeça para baixo pelas patas com grilhões metálicos num sistema de transporte. Vão fraturar-se mais ossos. Muitas vezes, os gritos das aves e o bater de asas são tão intensos que os trabalhadores não conseguem ouvir a pessoa a seu lado na linha de processamento. Normalmente as aves defecam com o sofrimento e o terror.




O sistema de transporte arrasta as aves por um banho de água eletrificada. O mais provável é que isso as paralise mas não as vai deixar insensíveis. Alguns países (nomeadamente europeus) exigem que os frangos fiquem inconscientes ou sejam mortos antes do sangramento e da fervura. Por vezes, as aves ainda tem controlo sobre o corpo para abrir lentamente o bico como se tentasse gritar.

A paragem seguinte na linha de processamento será o cortador automático de pescoços. O sangue irá escorrer lentamente da ave, a menos que se falhem as artérias relevantes, algo que ocorre com frequência. Será preciso que alguns trabalhadores fiquem de reserva no abate para cortar o pescoço das aves a que a máquina falhou. A menos que também eles falhem as aves, algo que também costuma ocorrer. Algumas aves chegam vivas e conscientes ao tanque de escalda. Como as fezes na pele e penas acabam por ir parar aos tanques, as aves saem de lá repletas de elementos patogénicos que inalaram ou absorveram através da pele ( a água aquecida dos tanques ajuda a abrir os poros da ave).



Depois de as cabeças terem sido arrancadas e as patas cortadas, os corpos são abertos mecanicamente com uma incisão vertical e as entranhas são removidas. É frequente a contaminação ocorrer nesta fase, já que as máquinas de alta velocidade costumam rasgar os intestinos, liberando fezes para as cavidades dos corpos das aves.
"Todas as semanas, milhões de frangos a deitar pus amarelo, manchados por fezes verdes, contaminados com bactérias prejudiciais, ou afetados por infecções pulmonares e cardíacas, tumores cancerígenos ou problemas de pele, são expedidos para serem vendidos aos consumidores", afirmou o jornalista Scott Bronstein, numa série de artigos sobre a inspeção de aves de criação.
Depois os frangos seguem para um enorme tanque de água refrigerada, onde milhares de aves são arrefecidas ao mesmo tempo.




A vastidão da industria de aves de criação significa que a haver algo de errado com o sistema, há algo de terrivelmente errado com o nosso mundo. Hoje em dia criam-se todos os anos sies mil milhões de frangos em condições semelhantes, na União Europeia, cinquenta mil milhões em todo o mundo. Todos os anos, cinquenta mil milhões de aves são obrigadas a viver e a morrer desta forma.







Fonte: "Comer Animais" - Jonathan Safran Foer




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